segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O devorador do parque- parte - IV.

Leonardo em seu desespero para se salvar, lembrou-se dos demais. Parou de correr e sem pensar gritou por Evelin e Marcos. Não responderam.
- Maldito Parque! - disse e recuperando o fôlego na escuridão, voltou para tentar encontra os amigos.
Aquele brinquedo é maior por dentro do  que se pode ver por fora. E caminhar por seus corredores estreitos e cheio de tralhas o jogava na sensação de estar num game de ultima geração. Mas insistiu em seus passos por Marcos e Evelin , mesmo que isso lhe custasse a vida.
O silêncio persistiu naquele brinquedo sinistro e desesperador com tudo ali. Leonardo foi dando os seus passos.A visão parecia ter se adequado a escuridão e podia se perceber as coisas.
Então, viu novamente o devorador como que esperando para pega-lo. Estava ali a meio metro de seus olhos como se uma luz do inferno o iluminasse. Era grande, forte, tão humano e  tão assustador. Quis perguntar porque matou a sua amiga, mas o olhar dele  dizia que o queria também desgraçadamente queria devora-lo. Leonardo correu a esmo, percebendo que o devorador ficou ali parado.  Teve que correr, correr.
- Desgraçado. Maldito.. , filho de um puta...- gritou, sem parar, correndo.
O devorador parado abaixou-se e pegou pelo pescoço Marcos que tremia incotrolavelmente atrás de uma folha de madeirite encostada a parede, sustentado um cartaz onde se lia" pipoca grátis". Marcos tentou lutar, mas sentiu aquelas mãos forte asfixiarem,perdendo a visão , e mesmo sentido o cheiro de sangue  podre vir da boca daquela criatura, perdeu todo aroma e cheiros e ar que entrasse pelo seu nariz. E sentir os dentes daquele monstro arrancando o seu nariz foi a última lembrança  que esvaiu com a sua vida.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O devorador do parque - parte III

Assim que a porta se fechou o primeiro som que ouviram foram de passos fortes e marcantes. Passos pesados esbarrando sobre os entulhos abandonados naquele brinquedo.
- Nossa Senhora me proteja! - cochichou Mia.
-Deve ser alguém afim de nós assustar! - disse Marcos.
Leonardo mirou o seu celular para um lado  e ao iluminar uma barra de cano jogada ao chão apanhou e poi-se em guarda.
- Calma ele pode estar armado! - disse Evelin.- Vamos nos esconder. Não façam barulho.
Se ajeitaram por ali mesmo. Enquanto os passos intensificavam-se, incomodando, irritando.
-Maldito - disse Marcos.
E  então Mia gritou desesperadamente sentira a mão gelada te tocar e tentou correr. Mia não contava com a força de quem a segurava e derrepente se calou. Todos ouviram o seu pescoço frágil ser quebrado como se quebra um galho.
- Desgraçado! O que você é! - gritou Evelin.
Leonardo direcionou o seu celular na escuridão, ao som de uma voz rouco rangendo, grunhindo e  pode se ver  um rosto assustador. Leonardo deixou cair o seu celular, e novamente a escuridão e a imagem daquele rosto perseguindo-os. Um rosto humano, gélido sem expressão apenas a maldade, o desejo de comer a carne de cada um.
Desesperados, saíram cada um para um rumo, enquanto aquela criatura tomava Mia  morta em seus ombros e a levava para um canto. Teria tempo para pega-la depois. Agora havia de pegar mais alguns.

domingo, 23 de janeiro de 2011

O devorador do parque.- parte II

- Esperem! Cadê a porta! Ela estava aqui quando entramos! - gritou Mia.
Leonardo tomou a sua frente.
- Tomamos o caminho  errado! Vamos voltar!-disse.
- Ta louco! Voltar para onde! Viemos dessa direção e a porta estava ai ! - disse Marcos com a voz alterada.
Evelin se agarrou a Mia.
- Mas olha só! não tem porta alguma aqui! Tomamos o caminho errado!
Com apenas as luzes dos celulares um olhou para o outro e por fim todos concordaram. Teriam que tomar outro caminho.
Rapidamente direcionaram a luz fraca de seus celulares para iluminar o caminho. Ficaram próximos um do outro. Bem próximos.  E depois de caminharem por alguns minutos, viram mais corredores, mais entulhos, mais escuridão.
-Cara! Aonde estamos!- bufou Marcos.
- Estamos perdidos! - disse Evelin.
- Calma! Vamos sair dessa! - Mia a confortou.
- Caramba! Eu não estou entendendo! A direção que viemos parecia tão certa!A porta parecia tão próxima. E não andamos tantos assim!
- A gente foi falando e se distraindo! Por isso nos perdemos Marcos.! -Leonardo tentava a calma.
- Mas esse brinquedo! Essa casa mal assombrada não parecia tão grande por fora como ta parecendo!- observou Evelin.
- É impressão nossa! - Comentou Leonardo.
- E para onde vamos então!- perguntou Mia.
-Calma gente! Vocês parecem desesperados!- irritou-se Leonardo.
Novamente silenciaram-se. E tomaram a atenção para o barulho de uma porta sendo aberta.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O devorador do parque. - parte I

- Há treze anos que a bosta desse parque não funciona! Desde que uns morreram misteriosamente .- Disse com desprezo Leonardo.
- Que merda!- sussurrou Evelin e como a todos ali olhava para o parque. Era uma dessas  noite claras e bastante quente. Coisas rara na cidade de São Paulo.
-  Como sabe disso?- perguntou Marcos.
Leonardo olhou  o parque, tinha no olhar um ódio que não entendia
- O meu pai trabalhou nessa bosta! Eu me lembro de alguma imagens de pessoas correndo quando acharam um corpo no trem fantasma. Parecem que mataram o cara lá dentro. Depois dessa morte o parque fechou, e esta embargado porque tem briga com a família proprietária. Essas merdas de herança!
- Mas isso é passado! O importante é que aqui da pra gente fazer o nossa festa nessa lataria veia!.- disse Mia.
Todos concordaram. Tomaram mais uma cerveja e começaram a andar pelo parque.
-Não vai dar  zica com os homens, fazer o super concerto de metal aqui.
- Melhor, Marcos, ai se os cara vierem a gente quebra o pau e a noite fica completa.
Todos concordaram.
- Ei vamos entrar nessa casa mal assombrada!- disse Mia.
- Ta escuro.- disse Evelin.
- Ihhhh. Amarelou Evelin.- sarrou Marcos.
Todos riram. Evelin, recuou de seu medo e topou. Entraram naquela casa mal assombrada caindo aos pedaços.
-  E porque a gente não caminha na montanha russa depois sem os carrinhos. Eu sempre tive vontade de passar por aqueles trilhos! E ai vamos! - disse Mia.
Marcos recuou.
- Eu não vou não! Eu  tenho medo de altura.
- Ihh! amarelou.
Todos riram sem perceber que abaixo do piso da casa assombrada olhos atentos os observavam pelas frestas. Ao entrarem naquela casa de fantasia do medo haviam acordado o seu dono. O dono de todo o parque.
- Ei vocês já transaram num lugar assim? Deve dar um tes...
- Mia, nem inventa! Você tá cheia de lêlê, hoje! Ehmem.
Derrepente os seus olhos tomaram atenção do mundo . Algo havia caído, assustando a todos naquela escuridão.  Marcos rapidamente acendeu o seu celular, assim como Leonardo.
- Isso aqui tá caindo, vamos sair! - disse assustada. Evelin.
Todos concordaram. Afinal era medo apenas de um acidente sério caso aquela casa mal assombrada montada para dar medo, caísse realmente sobre as suas cabeças.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Devoraram-me.

Sem esperança de ver o dia, eu me rastejava sobre os corpos devorados naquele canto da caverna. Sentia o gosto do sangue aguado,coagulado, apodrecido daquelas pobre pessoas. Mesmo as suas almas não estando ali mais naqueles corpos, ainda sim podia sentir que um dia foram pessoas. Seres humanos dignos ou nem tanto, com alguma moral ou toda rigidez de uma moral. Não importa, se era católicos muçulmanos, judeus,kadercistas, ateus. Eram homens, gente, como eu que tentou sobreviver. - A minha perna já não sentia mais, minutos antes eles haviam me tomado e morderam bem na altura da batata da perna. Devoraram, o sangue ainda esvairava...e eles deveriam estar com o gosto da minha carne em suas bocas evoluídas para devorar, devora. Eu me encostei num canto, onde um corpo apodrecia. Quis chorar de dor, mas a névoa do sono invadiu as minhas retinas. Tudo foi ficando escuro sem força para correr para agir, para me mexer, para gritar a escuridão foi se tomando talvez os céus, talvez.... E mesmo assim foi sentindo os seus dentes ir mastigando com afinco e força com prazer a minha carne a minha existência naquele momento...E sentir a carne sendo mastiga foi a minha ultima lembrança....