domingo, 20 de março de 2011

A ilha noturna.- parte-III

O estranho na neblina.

Rafa olhou para Taro.
- Isto é mesmo o inferno! O dia é a noite e a noite é  neblina.
- Tem que ter alguma explicação!.
- Estamos mortos! Essa é a explicação.
Taro olho para o mar.
- Veja esse maldito mar está começando a ficar raivoso. Se estamos mortos, K não pode esta morto. o mar o devorou. Mas mortos são devorados?
-  Eu não sei te dizer. Não sei mais nada dessa maldita ilha.
- Já não tenho mais fome, e nem sono.
- Eu já disse mortos estamos mortos. E morto não tem fome nem sono.
- Se estamos mortos, não há perigo para nós. Vamos conhecer essa maldita ilha. Não temos nada a perder. Não estamos com sono e nem fome...- disse Rafa.
Taro sorriu.
-Você esta certo!
Se comprimentaram  e saíram pela ilha.  Ilha escura, violenta no vento e no mar raivoso que estourava sobre os rochedos e as praias.  E tudo era escuro, sobe um luz que não vinha de lugar algum apenas das próprias coisas. Não havia lua nem sol. Nem estrelas nem claridade além das coisas se mostrarem como são em suas formas.
Pedras escuras, coqueiros velhos e escuros, árvores sem folhas e escura, qualquer coisa se mostrava como era. Taro brincou se podiam voar. Tentou se jogar mas não saiu do lugar onde estava. Rafa sorriu.
Rafa disse se havia algum pecado para pagarem por isso estavam ali. Taro sorriu.
- Acho que de tanta maconha que você fumou. Carne que comeu. As missas que faltou.
Derrepente o mar ia se acalmando e a neblina tomando o seu posto.
- Olha só a merda da neblina!
- É o dia chegando.Ou a noite sei-lá.
A neblina tomou a tudo.
E então alguns animais começaram  aparecer tímidos em sua natureza. Talvez fossem animais mortos como eles. E novamente entre Rafa e Taro uma força passou quente  por eles.
- Sentiu novamente!
- Não é um ar apenas.
- Sinta só ele está entre nós novamente.
- Rafa! Ele é um corpo, sente só.
Rafa tocou como  Taro o ar quente que estava sobre eles.
- É uma pessoa como nós!
Taro concordou. Rafa então estendeu a sua mão naquele força estranha ali parada.
- Olá! E ai! Meu nome e Rafa.
- O meu é Taro! E ai cara !
A força estranhamente estendeu a sua mão. Não podia ser vista e não disse uma palavra. Segurou firme a mão de Rafa e depois a de Taro.
- É alguém amigo.
- Esse aperto de mão! Não me é estranho!
Derrepente a força sumiu como que fugindo de algo. Deixando Rafa e Taro  tentando entender o que ocorreu.



sábado, 12 de março de 2011

A ilha noturna.- parteII.

O mistério da neblina intensa.

O mar havia devorado  K, e agora Rafa e Taro  após a noite mal dormida na caverna sombria , sabiam que teriam que conhecer a ilha e descobrir um forma de saírem dali. Mas o dia parecia não ter chegado. Assim que saíram da caverna os seus olhos  não enxergavam nada além de uma neblina intensa e que impedia de ser ver além de um palmo, Era uma neblina fria, umida. E Rafa e Taro, estar um ao lado do outro era uma atitude de sobrevivência.
Caminhavam palpando a tudo. As vezes eram animais asquerosos que se moviam silenciosamente. Árvores grandes, secas, apodrecendo. Sutilmente  uma força  quente passou pelos dois, esquentando-os.
- O que foi isso irmão!
- Acho que algum ar quente, sei lá. Vamos continuar.
- Mas para onde. Não podemos ver nada nessa neblina.
- Temos que tentar com cuidado porque...
- Estou com fome.  E sede...
- Eu também.
Estranhamente a ilha mostrava um silêncio arrepiante. Nada de pio de pássaros, uivos de macacos barulho do mar. O mar também estava em silêncio.
- Estamos próximo do mar. Sinta a água. E ele esta quieto. Calmo.
- E essa neblina ! Nunca vai passar!
- Há quanto tempo será que estamos andando.
- Não sei! Horas, o sol ele nem aparece.
Então sentaram próximos um do outro sobre a área. E sutil com o tempo de um entardecer a neblina foi se dissipando e a noite cinza e feroz começou. O mar ficou bravio, tudo mais claro como a noite pode promover tal claridade. E  incrivelmente se pode perceber algo assustador.
- A neblina é o dia, ou a noite é o dia. O mar esta revolto, o vento voltou, ouças alguns pios e uivos. Tudo esta acordado nessa ilha com o fim da neblina.
- Estamos no inferno. - disse Taro.

sábado, 5 de março de 2011

A ilha noturna!

1.    Era a onda perfeita! Rafa , K, Taro, estavam ansiosos para pega-la. Puseram-se em suas posições nas pranchas e esperaram que ela a grande onda os atingisse, os tomasse em sua força.  Tinham  enfrente aos seus olhos o continente , a praia com todos esperando o surfe tão esperado  na grande onda tão desejada.
Ela então veio, feroz tomando a todos rebatendo-os. Tomaram a sua crista, elevando-se a cinco, seis, sete metros e deslizaram absolutamente encantados . Surfaram! E então ela se vingou, da imensidade de seu poder, do propósito de sua existência. Derrubou-os. E se foi. Desfei-se como magia!  Deixando-os mergulhado no imenso silêncio das águas profundas. Mas eles se recuperaram tomando as suas pranchas, o ar, o oxigênio e quando deram por suas razões era noite. Um noite, estranha, cinza, sem estrelas nítidas no céu como seria  normal naquele verão.
Olharam para os lados, e viram que o continente havia desaparecido. 
Havia apenas uma ilha, grande e escura como aquela noite.
-Vocês estão vendo o que eu estou vendo?-perguntou  K.
-Acho que batemos a cabeça  fortemente. Nós três! - disse Taro.
- Vamos nadar até a ilha. Depois veremos o que aconteceu! - disse Rafa.
Cansados  chegaram a praia da ilha com as suas pranchas. O mar que até então parecia calmo, começou a ficar revoltou. Marolas, ondas, onde ventos repentino trouxeram uma tempestade.
- Cara, olha para isso!  O que está acontecendo!- disse assustado K.
-Vamos procurar algum abrigo.A tempestade sempre trás raios e ficar na praia é roubada! - Disse Rafa.
Todos concordaram e mesmo não conhecendo a ilha foram penetrando até uma caverna  escura e fria.
-Vamos ficar sempre juntos! disse  Taro.
Um silêncio persistente
- O que está acontecendo, meu Deus. O que isso! Porque estamos aqui! Que ilha é essa! - desesperou-se K.
Rafa o  abraçou.
- Calma amigos, estamos juntos.
- Como podem estar calmos com tudo o que esta acontecendo.- insistiu K
-Sobrevivencia, amigo, sobrevivencia.- Disse Taro.
-Meu Deus, não não é possível. Será que morremos.É a morte, estamos todos mortos.- K em seu desespero não suportou a escuridão da caverna e preferiu a tempestade. Correu de volta para a praia e  antes que Rafa e Taro o impedisse, K mergulho no mar revoltou.
Rafa e Taro, gritaram por ele. Mas a tempestade intensificou-se e  K sumiu no mar revolto e  com uma cor cinza, feroz, devorando tudo que se aproximasse.  Taro e Rafa tinham que voltar para a caverna, não sobreviveriam aquela tempestade. Agora era somente os dois.