quinta-feira, 23 de junho de 2011

Letícia. Um espirito que me desejava- parte III

 E por não suportar mas a minha realidade decidi me entregar ao mundo de Letícia, a mundo que ela me convidou ao entrar assim que a convidei a entrar em meu mundo quando olhei para a sua foto no túmulo do cemitério.
Então a noite quanto estava em casa jantei como se fosse a última vez, tomei um banho demorado e vi as últimas notícias do dia na tv. Depois me deitei e me entreguei ao mundo de Letícia.
O verde de esperança se foi, o vermelho  de sua paixão dominou. E definitivamente entrando naquele mundo, perdi todo medo que até então entendi como medo.  A vida ficou mais leve, perder o medo nos torna mais leve.
Ele apareceu então, vendo o meu coração livre e sem medo. Eu pude ver o seu coração sem medo e livre para mim.
- Você, me quer não é mesmo!
Letícia deixou o seu sorriso me dominar.
- Eu não sei porque.
- O que sente por mim?
- E você o que sente por mim?
- Quando vi os seus olhos, eles despertaram em mim um sentimento forte, tão forte que me levou até você sem que eu pudesse me controlar! Porque fez isso com isso comigo!
Eu percebi que ela era minha, sempre minha. Entendi que não era ela que me desejava mas eu que a desejei desde o primeiro instante que a vi naquela foto no cemitério. E eu que nunca acreditei no amor, agora tinha a certeza que ele existe e vai além, muito além do que podemos ao menos imaginar, supor ou entender.

sábado, 4 de junho de 2011

Letícia. Um espírito que me desejava. parte - II.

Ao entregar a minha alma para Letícia, então toda as noites ela aparecia em meus sonhos com uma densidade que nunca havia experimentado. Eu não via o seu corpo, nem o seu rosto, mas sentia a sua presença e o seu toque. Intensos toque percorrendo o meu corpo como se mil pessoas estivessem  ali me tocando. E quando me beijou o prazer de um orgasmo me tomou mil vezes. 
Então eu acordava e exausto tinha certeza de estar ficando louco. E tudo não passava de um deliro ou de uma psicose múltipla e desencadeada. Mas a luz do dia, o sol, as coisas do meu quarto me certicavam de que eu estava bem, numa realidade que era minha e que eu conhecia muito bem.  Mas a noite não, a noite não era minha, na noite e em todos os meus sonhos  a minha alma pertencia a Letícia.
Eu ia para o trabalho, saia com os amigos, jantava, assistia tv, e quando ia dormir, rezava. Rezava para não ter mais aqueles sonhos. Mas eu dormia, e novamente Letícia aparecia tomando o meu corpo a minha alma  e os prazeres tão intensos  me faziam experimentar  o que  alguns chamariam de paraíso outros por não saberem diriam que é o inferno, mas a verdade é que não há palavras para expressar um sentimento orgasmacionante de alma e corpo numa dimensão intensa em que Letícia me experimentava.
E o acordar era como uma porta que me trazia daquela dimensão para a realidade de sempre.
Eu na verdade não estava mais suportando o meu dia a dia, a minha realidade de sempre.

A sua alma.

"Mostre ao mundo a sua alma, deixe um comentário do que desejar para que outros possam desfrutar.
E nós se possível avaliar para depois te possuir."

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Leticia. Um espírito que me desejava.- parte I


Letícia!

Esse nome começou a aparecer em meus sonhos constantemente, logo depois que vi o seu nome em uma sepultura no cemitério central da cidade. Fui ao velório de um tio e ao passar por uma sepultura, senti a sua foto na lápide me olhar e olhei para ela.

E depois todas as noites eu sonhava com algo, uma aparição que nunca dizia o seu nome, mas eu sabia que se chamava  Letícia e que dominava todo o sonho. Não tinha rosto, nem se podia saber de seu corpo, mas eu experimentava a forte e extremamente forte sensação de que seu corpo me dominava.

No primeiro sonho eu me vi em um  caminho que se iniciava com uma cor verde intensa , e um força suave que me chamava para dar o primeiro passo. Lá fui eu, e a medida que essa força ia ficando forte a cor do caminho mudava. O verde intenso enfraqueceu, tornou-se suave e então o vermelho dominou, forte, intenso com o calor que a cor nos dá. 

E  como nunca antes em minha vida, eu pude sentir o aroma do vermelho. Um aroma tão dominante quanto o seu tom. E eu sabia que não podia mais desistir, eu não queria mais desistir. O vermelho , o seu tom , o seu calor, o agora o seu aroma me dominaram o corpo, e do corpo deixei entrar em minha alma. Fui dominado então e cai em seu braços.

O vermelho, era Letícia. E agora eu  lhe pertencia. E ao deixar ela me dominar, sentir as suas mãos me acariciarem, numa densa experiência de carinho, tão densas que pode experimentar um gozo tão inédito para mim, quanto o meu primeiro gozo aos 13 anos.
Acordei rapidamente, como se tive cometido o maior erro de toda a minha vida.
E cometi, ao entregar a minha alma para Letícia.