Ao entregar a minha alma para Letícia, então toda as noites ela aparecia em meus sonhos com uma densidade que nunca havia experimentado. Eu não via o seu corpo, nem o seu rosto, mas sentia a sua presença e o seu toque. Intensos toque percorrendo o meu corpo como se mil pessoas estivessem ali me tocando. E quando me beijou o prazer de um orgasmo me tomou mil vezes.
Então eu acordava e exausto tinha certeza de estar ficando louco. E tudo não passava de um deliro ou de uma psicose múltipla e desencadeada. Mas a luz do dia, o sol, as coisas do meu quarto me certicavam de que eu estava bem, numa realidade que era minha e que eu conhecia muito bem. Mas a noite não, a noite não era minha, na noite e em todos os meus sonhos a minha alma pertencia a Letícia.
Eu ia para o trabalho, saia com os amigos, jantava, assistia tv, e quando ia dormir, rezava. Rezava para não ter mais aqueles sonhos. Mas eu dormia, e novamente Letícia aparecia tomando o meu corpo a minha alma e os prazeres tão intensos me faziam experimentar o que alguns chamariam de paraíso outros por não saberem diriam que é o inferno, mas a verdade é que não há palavras para expressar um sentimento orgasmacionante de alma e corpo numa dimensão intensa em que Letícia me experimentava.
E o acordar era como uma porta que me trazia daquela dimensão para a realidade de sempre.
Eu na verdade não estava mais suportando o meu dia a dia, a minha realidade de sempre.
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