A menos de dois quilômetros do quartel palácio de Bongue, corpos de opositores do ditador são jogados numa vala cercada por algumas floresta e savanas. De dia calor intenso a noite é o frio intenso auxiliando os cadáveres a putrefazem.
São tantos os corpos que ali são jogados. Jovens, velhos, crianças, que o peso de um corpo novo sobre o outro favorece o prensar e assim, no processo de apodrecer, o sangue vai se espirrando e coagulando, se juntando a outro sangue e outro. E por fim como a um processo de fabricação de carne, um liquido viscoso denso que de vermelho passou a negro intenso foi tomando conta da vala onde mais corpos todos os dias eram jogados.
O ditador gosta muito de matar. Todos os dias após uma refeição pedia que um oponente seu fosse torturado e morto em frente aos seus olhos. Por vezes outros ditadores amigos seus estiveram ali assistindo ao espetáculo. O ditador da Coréia do norte. O ditador da Síria. O Ditador da China, alguns russos remanescentes do comunismo. Frances que gostavam de matar no Haiti. Alguns soldados americanos que estiveram no Iraque. Latinos Americanos ditadores e traficantes. Alguns homens oficial de Israel, Suécia e Alemanha e claro ditadores Africanos.
Sim eram homens que sabiam apreciar a tortura, a morte do individuo por sofrimento e um bom banquete seguinte. Afinal sendo ditadores, o poder lhes dava esse direito.
Mas um dia o vento levou o cheiro da vala e seu sangue putrefatico até o quartel palácio do ditador.
Ele experimento o aroma entrando por suas narinas, desfazendo-se de toda realidade que conhecia. Não se lembrando de ter tamanha experiência em sua vida. Foi amor a primeira vista. E o cheiro do sangue apodrecido da vala, lhe tomou os mais íntimos desejos, o fazendo se sentir tão bem na vida como nunca antes pode experimentar tamanha sensação de bem.
Ordenou aos seus capitães que descobrissem de onde vinha tão precioso aroma.
Aqueles capitães e seus subalternos não entenderam ao certo que aroma era esse, porque sentiam apenas o cheiro da podridão. Tampando o nariz sempre.
Então procuraram em matas, e savanas, trazendo todo tipo de planta conhecida e desconhecida. As mesmas plantas que produzia os aromas mais desejado por todo o planeta.
Mas ao ditador não passavam de aromas desnecessários. Recusava a todas e violentamente mandava matar os soldados que as trouxeram.
E num dia mais de trezentos soldados de sua guarda foram mortos e jogados na vala.
- Mas senhor se continuar a matar mais homens nosso exercito se acabara. – intervir um capitão.
- Porque é tão difícil cumprir o que ordeno!
Os pesos dos corpos dos soldados aumentaram o fluxo de sangue na vale e o vento trouxe novamente o aroma de sangue apodrecido.
- Não sentem esse aroma, tão sublime, tão sofisticado, tão maior que a própria vida...
Não sentiam tal aroma, apenas o cheiro do sangue apodrecido.
Então um capitão entendeu a tragédia. E para não arriscar a sua vida, usou de sua estratégia.
- Senhor esse cheiro, é levemente ácido! – perguntou ao Ditador.
- Sim!- disse o ditador sorrindo.
- E lembra um pouco um cheiro de carne!
- Bastante! Interessante.
- Seria um aroma como ao de um açougue.
- Muito parecido. Realmente. Mas longe, muito longe de ser igual
Então o capitão pediu um momento ao ditador e ordenou que dois saldados fosse até a vala e coletasse sangue em uma garrafa de vidro. Algum tempo depois, o ditador foi servido da garrafa transparente onde a cor negra avermelhada do sangue causava arrepios a todos.
Os olhos do ditador acenderam mais que todas as luzes de Bongue.
E ao tirar a tampa da garrafa, o cheiro insuportável do sangue apodrecido tomou os narizes de todos causando náuseas. Obrigando a todos a tampar o nariz.
O ditador então descobriu a vida. O cheiro do sangue lhe tomou a sua existência agarrando –o de vez e fazendo sentir que não poderia mais viver sem aquele sangue.
- Onde encontraram esse aroma dos deuses!
- Senhor. Acho que não vai querer saber.
- Seu insolente. Matem esse capitão.
- Senhor! Esse aroma vem da vala próximo daqui. Onde todos os corpos mortos durantes anos, são jogados como o senhor ordenou. Nada de cemitério para os opositores.
- A vala. Sim a vala. Levem-me até a vala.
Como o capitão não queria morrer e ninguém mais ali. Levaram o Ditador até a vala, e diante do vermelho negro, a cor mais linda do mundo onde o aroma mais divino de todos era produzido o ditador não pode resistir. Salto para dentro da vala, sentindo o seu corpo ser penetrado por todo o sangue que expeliu. Tomou o sangue, banhou-se com o sangue, sentiu que o seu sangue pertencia aquele sangue. Foi abraçado por aquele sangue.
De todo o sangue que produziu agora era consumido por ele.
O ditador virou parte daquele sangue. Sumiu para sempre no mar de sangue que produziu.
E todos os que o viram se acabar naquele sangue, temeu por um dia fazer parte daquele sangue. Tamparam a vala, encheram de pedras para que planta alguma crescesse ali e se alimentassem daquele sangue. Voltaram para as suas casas, decretou o fim da ditadura. E por tanto sangue derramado, os homens do ditador passaram a comer apenas vegetais.
E o mundo passou a se perguntar o que acontecera com o ditador de Bongue que sumiu. Outros ditadores começaram a temer o sumisso do ditador de Bongue e por fim tamparam as suas valas.
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